A Escola Superior do Ministério Público de Sergipe, em parceria com a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Copier), promoveu na manhã de sexta-feira, 25, um seminário que debateu o antirracismo. O evento alusivo ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, reuniu centenas de pessoas no auditório promotor de Justiça Valdir de Freitas Dantas, na sede do MP, em Aracaju.
Com o tema “agir para transformar”, o seminário teve a abertura realizada pela cantora e compositora, Lari Lima, que com uma voz potente entoou canções consagradas da MPB. Na solenidade de abertura, o procurador-geral de Justiça, Manoel Cabral Machado Neto, deu as boas-vindas a todos os presentes e salientou a importância do evento, reforçando o papel institucional do MP no combate ao racismo. Logo após, o diretor-geral da Escola Superior, Newton Silveira, destacou a atuação da ESMP na promoção de eventos que posicionam o MPSE na vanguarda de discussões técnicas e sociais relevantes não apenas para os seus membros e servidores, como para toda a sociedade.
Em seguida, o promotor de Justiça e Coordenador da Copier, Luís Fausto Valois, agradeceu ao público e fez menção aos representantes de diversas instituições públicas, integrantes de movimentos sociais, gestores, professores e estudantes das redes pública e privada e demais convidados. Em discurso bastante emocionado, Luís Fausto fez uma breve retrospectiva dos avanços conquistados pela Copier nos últimos anos e o papel vanguardista da coordenadoria; homenageou as professoras Adélia Pessoa, Aglacy Mary e Maria Eliane; agradeceu aos palestrantes, Jessi Alves e Augusto César, exaltando suas atuações pessoais e profissionais na abordagem do tema e combate ao racismo.
A primeira palestra do evento foi ministrada pela professora, participante do BBB 22 e influenciadora digital, Jessi Alves. Na sua fala, a professora abordou o tema letramento racial. “Todo mundo, independente da cor, tem que falar sobre racismo. A gente vive imerso em uma cultura completamente racista. Quando assumimos o papel de antirracista passamos a entender todos os aspectos que repercutem o racismo e agimos para que isso não ocorra novamente”, destacou Jessi.
A influenciadora também fez uma retrospectiva da sua trajetória enquanto mulher preta e narrou alguns episódios de racismo que vivenciou desde muito cedo. Hoje, conhecida em todo o país e com milhões de seguidores em várias redes sociais, Jessi utiliza os seus canais como plataforma de “amplitude para minorias poderem ter voz”.
A palestra de encerramento do seminário foi protagonizada pelo promotor de Justiça e professor de direitos humanos, Augusto César Leite de Resende, que falou sobre o tema racismo recreativo. Augusto César ainda abordou na sua fala a importância de uma construção coletiva antirracista e reafirmou que toda a sociedade deve exercer um papel nessa luta.